O penúltimo episódio de Caverna do Dragão foi ao ar em 1985. O último nunca foi produzido. Sobrou um roteiro, transformado em quadrinhos por um brasileiro esforçado em tempos mais recentes. O final da série continua em aberto. Nem o roteiro deixado para trás nos ajuda a entender se aqueles personagens voltaram para casa. Caverna do Dragão é a adaptação de um RPG, jogo/mídia que prioriza narrativas abertas. Respeitar essa característica do material fonte foi uma escolha muito esperta do roteirista, tão esperta que estamos discutindo o trabalho dele até hoje. A decisão demonstra um entendimento tácito de que “o meio é a mensagem”.

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Os Meios de Comunicação como Extensões do Homem

É ele o autor da máxima “o meio é a mensagem”. McLuhan, com isso, quer nos explicar que todo conteúdo carrega em si características intrínsecas da mídia na qual ele nasceu. É mais fácil de compreender McLuhan agora que no século passado. Ele adiantou os efeitos sociais de todo o aparato tecnológico que hoje usamos em nossas comunicações. O esforço dele uniu imaginação e raciocínio numa das tentativas mais bem sucedidas no sentido de prever como seria o século XXI. Só hoje estamos equipados para ler e entender McLuhan. Quando ele disse, por exemplo, que os meios de comunicação são extensões do homem e que a relação com essas extensões são uma fonte incessável de narcisismo, ninguém sabia exatamente o que ele estava querendo dizer. Décadas depois, alguns de nós usam smartphones como espelhos.